O amor não conhece barreiras

Há uma história. Uma vez um santo estava sentado na beira de um rio e um escorpião caiu na água. O santo tentava tirá-lo da água e a cada vez que tentava levantar o escorpião, ele o picava . Suas mãos tremiam e ele caia na água. E isso continuou acontecendo diversas vezes. Alguém que observava aquilo se aproximou do santo e perguntou: por que você está fazendo esse trabalho tolo? O escorpião não sabe que você está querendo salvá-lo. Ele te pica toda vez que tenta tirá-lo da água, por que você tenta salvá-lo? Ele não é grato a você, é um trabalho ingrato. Por que você quer salvá-lo e ser picado? O santo respondeu: Picar é a natureza do escorpião. Salvar é a minha. Se ele não está deixando sua natureza, por que eu tenho que deixar a minha de salvá-lo? Eu não sou nada menos do que o escorpião, ele é tão inflexível que não deixará sua natureza. Eu também não deixarei a minha. Santos são de sua própria natureza. E qual a natureza do Divino? Amor incondicional, alegria incondicional. Amor incomensurável. Os caminhos da natureza são misteriosos, você não pode entender. E assim são os caminhos dos santos. Você não pode entender. Não tente entender sob uma perspectiva humana. Quando você é oco e vazio, o Divino trabalha através de você. Por isso muitas vezes você tem uma intuição que não faz nenhum sentido. Seu intelecto não concorda com ela. Mas intuição é intuição. Está além do intelecto, algo mais profundo. Os caminhos da natureza são misteriosos. Você não pode compreender todos os caminhos da natureza. Assim é o caminho do iluminado. Um santo age, apenas age. Ele se senta, apenas senta. Quando ele dorme, apenas dorme. Como a montanha está aí, a árvore está aí, a pedra está aí, você está aí. Você é parte desta existência. O santo também fica como parte da existência, oco e vazio.

Narada Bhakti Sutras – bPor Sri Sri Ravi Shankar

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